Jorge Fossati fala da saída do Inter e dispara contra dirigentes da época: 'Achei que tinha um projeto sério'

Se no Brasil, o uruguaio Jorge Fossati não conseguiu os resultados esperados, no Catar, o técnico tem feito um ótimo trabalho à frente do Al-Rayyan. Isso porque o treinador de 63 anos, ostenta ótimo aproveitamento com o clube daquele país. São 16 jogos, com 15 vitórias e um aproveitamento de 93,75%.

Feliz no comando do Al-Rayyan, Fossati falou da sua passagem pelo Internacional, que durou cerca de seis meses. O treinador mostrou um certo descontentamento com os dirigentes da época.
"Logicamente trabalhar em um time como o Inter foi um grande momento na minha carreira, mas, sei lá. Infelizmente o sistema acabou me engolindo. Fiquei tranquilo porque fiz meu trabalho com honestidade e com as minhas ideias, alguns gostaram, outros não... É para isso que sou contratado: para fazer aquilo que acho que tem que ser feito. Os diretores só faltaram se ajoelhar quando foram me contratar e me pediram desde o início que a única coisa que eu tinha que me preocupar era a Libertadores. Eu falava pra eles que achava que esse era o caminho errado. Não podia fixar um objetivo só de um lado, porque é futebol, daqui a pouco você é eliminado e aí o ano acabou. Não é possível, tem que olhar tudo com a mesma seriedade, especialmente o Campeonato Brasileiro", disse o treinador, em entrevista ao portal 'espn.com.br'.

Fossati ainda ironizou os dirigentes do clube gaúcho. "Eu achei que o Inter tinha um projeto sério, mas depois eu fiquei sabendo que não era tão sério assim (risos)", disparou.

Apesar da mágoa com as pessoas que dirigiam o Colorado em 2010, Jorge Fossati diz ter uma boa relação com o torcedor do Inter e até com a imprensa gaúcha.

"A paz ficou demonstrada com o torcedores do Inter quando fui em 2014 a Porto Alegre com o Peñarol, para o amistoso de reinauguração do Beira-Rio. Senti muito o carinho do torcedor e até da imprensa, fui muito bem tratado. Todos disseram que guardam uma boa lembrança de mim", contou.
Questionado sobre se voltaria a trabalhar no Brasil, o uruguaio disse não ver problemas numa nova investida. "Eu trabalharia no Brasil outra vez, mas tem que ser um projeto grande, em que eu veja seriedade, por mais que a gente possa se equivocar", completou.

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