Dos campos para os bastidores. Campeão da Libertadores pelo Inter em 2006 e 2010, Paulo César Tinga se vê ligado à história colorada a ponto de traçar uma meta pessoal. Almeja ser presidente do clube em um período de 10 anos.
Em conversa com o GloboEsporte.com, Tinga deixa claro que o “sonho” não é a curto prazo. Bem pelo contrário. Quer se aperfeiçoar e aprender para que um dia tenha a bagagem necessária para gerir um
– Eu tenho sonhos, como tive o de me tornar jogador, que era muito mais difícil. Tenho o sonho de um dia ser o presidente do Inter. Mas é necessário ter uma caminhada. Algo de 10 anos, não para amanhã. Haverá uma preparação para isso – revela Tinga.
Esse aprendizado também estaria ligado a uma experiência dentro do clube. Ou seja, o conhecimento de diversos setores administrativos do Inter.
– A melhor maneira de presidir é ter transitado em todas as áreas. Esse é meu raciocínio. Em 10 anos, muita coisa vai mudar. Acho que existirá um profissionalismo maior, com mudança no estatuto. Acredito que o presidente tenha que ser remunerado. Não faz sentido lidar com milhões e não receber, é esquisito. Claro que, para isso, será necessário ter uma responsabilidade fiscal – complementa.
Por coincidência, o Inter busca um substituto para o diretor-executivo Jorge Macedo, que foi contratado pelo Fluminense. Tinga foi um dos cotados para o cargo, mas nega ter recebido proposta oficial.
– O clube faz hoje bastante transição de jogadores da base ao profissional. Acho que o certo é colocar alguém com conhecimento da formação. No futebol não existe convite, existe contrato, proposta, com tempo definido. Não tive isso. Já estive trocando ideia, conversando com as pessoas e um relacionamento profissional aberto – explica.
Tinga não tem ligação a nenhum movimento político do Inter e quer se manter assim. Avalia que a política divide um clube de futebol, já que separa grupos divergentes, sendo que todos torcem para a mesma instituição. Aposentado no final do ano passado, atua atualmente como empresário.
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